Ao longo de trinta e sete
anos vivencio o tema ÁRBITRO DE FUTEBOL. Neste período, a cada equívoco da
arbitragem na interpretação e aplicação das REGRAS DO JOGO, ouvi, li e vi uma
avalanche de frases de efeito, opiniões, discussões e até algumas tentativas que
se tornaram infrutíferas com o passar dos dias envolvendo cartolas, técnicos,
atletas e a imprensa, no sentido de que a arbitragem precisava de mudanças
significativas para desenvolver seu mister com qualidade.
Vou
citar as sugestões e opiniões mais recorrentes: 1) Tem que mudar a metodologia e a didática da formação do árbitro de
futebol a partir das federações de futebol. 2) Após a formação, é imperativo
acompanhar, orientar e iniciar incontinenti o processo de requalificação do profissional
do apito. 3) O árbitro só terá condições de apresentar performance com
qualidade, quando a sua atividade for regulamentada – no Brasil, a profissão
foi reconhecida como profissional, através da Lei Nº 12.673/2013 - mas por
falta de representatividade dos sindicalistas e da própria classe não foi
regulamentada. 4) A arbitragem tem que ser independente da CBF e das federações
de futebol. 5) A categoria do apito deve ser dirigida, formada e requalificada
por gente vinculada ao sindicalismo da própria classe. 6) Sem a tecnologia
(bola com chip e/ou árbitro de vídeo etc...) o árbitro está inexoravelmente
liquidado.
Os anos se passaram e nenhuma
das proposições acima nominadas foi levada a efeito na sua plenitude. As
escolas de formação de árbitros das federações de futebol, com raríssimas
exceções, não possuem professores qualificados que tenham conhecimento sobre procedimentos e técnicas de formação nesta
área.
Enquanto as federações de
futebol não formarem instrutores de excelência, os cursos de formação de
árbitros continuarão formando a cada temporada uma geração de apitos e
bandeiras malformados. Se as federações não possuem instrutores de excelência,
como farão o acompanhamento, a orientação e a requalificação? Sem chance!.
Quanto a profissionalização,
o Projeto de Lei Nº 6405/2002, que, foi confeccionado por pessoas com
conhecimento no tema, foi abandonado e perambulou durante uma década Congresso
Nacional e, quando de lá saiu, veio em forma de arremedo.
Arbitragem independente das
federações e da CBF é uma “falácia”
inominável, apregoada por sindicalistas incompetentes e/ou mal intencionados,
que se reúnem duas vezes ao ano e não resolvem nada. Estamos no século 21 - e
aqueles que pedem a independência dos homens que manejam os apitos e bandeiras,
foram incapazes de criar o quinto sindicato exigido pelo Ministério do Trabalho
e Emprego (MTE), para criação da Federação Brasileira dos Árbitros de Futebol. Já
imaginaram o setor da arbitragem sendo formado, dirigido e requalificado pela
atual plêiade de sindicalistas?
Quanto a tecnologia, a CBF
embora tenha recebido gratuitamente da FIFA e da GoalControl a tecnologia da
bola com chip, após o Mundial no Brasil, abdicou alegando custos econômicos
muito elevados. Idem em relação aos (AAA) árbitros assistentes adicionais. Já o
árbitro de vídeo, está em teste sua implementação ou não, depende da FIFA e do
The IFAB.
Do que se leu neste
articulado, é que muita gente opina, sugere e discute sobre o assunto arbitragem
- mas, são pouquíssimas pessoas que gravitam neste universo que propuseram,
sugeriram e opinaram medidas objetivas, visando otimizar a qualidade dos homens
de preto nas tomadas de decisões no campo de jogo.
PS: Em função do exposto acima, registro neste
crepúsculo de 2016 e a poucas horas do limiar de 2017, meus respeitos e
consideração pelo excelente trabalho desenvolvido em pról da arbitragem
brasileira nos últimos anos, pelas personagens de Alício Pena Júnior, Antonio
Pereira da Silva, Ana Paula Oliveira, Claudio Freitas, Dionisio Roberto
Domingos, Drª Marta Magalhães, Edson Resende de Oliveira, Luiz Cunha Martins, Marcos Marinho, Marcio Verri Brandão,
Manoel Serapião Filho, Milton Otaviano, Nilson Monção, Paulo Roberto Camelo,
Wilson Luiz Seneme e o prócer Sérgio Corrêa da Silva. Eles sugeriram, opinaram
e discutiram com conhecimento de causa, inúmeras ações que colocadas em prática,
proporcionaram a melhora significativa na qualidade da confraria do apito do
futebol PENTACAMPEÃO.
PS: Aos nossos leitores que
nos acompanharam ao longo deste ano os nossos votos de um NATAL repleto de PAZ,
AMOR e muita LUZ com a proteção de DEUS. E, por extensão, um felicíssimo 2017 a todos sob a
regência do CRIADOR DO
UNIVERSO.
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