quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Eles opinaram, discutiram e implementaram com conhecimento

Ao longo de trinta e sete anos vivencio o tema ÁRBITRO DE FUTEBOL. Neste período, a cada equívoco da arbitragem na interpretação e aplicação das REGRAS DO JOGO, ouvi, li e vi uma avalanche de frases de efeito, opiniões, discussões e até algumas tentativas que se tornaram infrutíferas com o passar dos dias envolvendo cartolas, técnicos, atletas e a imprensa, no sentido de que a arbitragem precisava de mudanças significativas para desenvolver seu mister com qualidade.

Vou citar as sugestões e opiniões mais recorrentes: 1) Tem que mudar a metodologia e a didática da formação do árbitro de futebol a partir das federações de futebol. 2) Após a formação, é imperativo acompanhar, orientar e iniciar incontinenti o processo de requalificação do profissional do apito. 3) O árbitro só terá condições de apresentar performance com qualidade, quando a sua atividade for regulamentada – no Brasil, a profissão foi reconhecida como profissional, através da Lei Nº 12.673/2013 - mas por falta de representatividade dos sindicalistas e da própria classe não foi regulamentada. 4) A arbitragem tem que ser independente da CBF e das federações de futebol. 5) A categoria do apito deve ser dirigida, formada e requalificada por gente vinculada ao sindicalismo da própria classe. 6) Sem a tecnologia (bola com chip e/ou árbitro de vídeo etc...) o árbitro está inexoravelmente liquidado.  

Os anos se passaram e nenhuma das proposições acima nominadas foi levada a efeito na sua plenitude. As escolas de formação de árbitros das federações de futebol, com raríssimas exceções, não possuem professores qualificados que tenham conhecimento sobre  procedimentos e técnicas de formação nesta área.

Enquanto as federações de futebol não formarem instrutores de excelência, os cursos de formação de árbitros continuarão formando a cada temporada uma geração de apitos e bandeiras malformados. Se as federações não possuem instrutores de excelência, como farão o acompanhamento, a orientação e a requalificação? Sem chance!.

Quanto a profissionalização, o Projeto de Lei Nº 6405/2002, que, foi confeccionado por pessoas com conhecimento no tema, foi abandonado e perambulou durante uma década Congresso Nacional e, quando de lá saiu, veio em forma de arremedo.

Arbitragem independente das federações e da CBF é uma “falácia” inominável, apregoada por sindicalistas incompetentes e/ou mal intencionados, que se reúnem duas vezes ao ano e não resolvem nada. Estamos no século 21 - e aqueles que pedem a independência dos homens que manejam os apitos e bandeiras, foram incapazes de criar o quinto sindicato exigido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), para criação da Federação Brasileira dos Árbitros de Futebol. Já imaginaram o setor da arbitragem sendo formado, dirigido e requalificado pela atual plêiade de sindicalistas? 

Quanto a tecnologia, a CBF embora tenha recebido gratuitamente da FIFA e da GoalControl a tecnologia da bola com chip, após o Mundial no Brasil, abdicou alegando custos econômicos muito elevados. Idem em relação aos (AAA) árbitros assistentes adicionais. Já o árbitro de vídeo, está em teste sua implementação ou não, depende da FIFA e do The IFAB. 

Do que se leu neste articulado, é que muita gente opina, sugere e discute sobre o assunto arbitragem - mas, são pouquíssimas pessoas que gravitam neste universo que propuseram, sugeriram e opinaram medidas objetivas, visando otimizar a qualidade dos homens de preto nas tomadas de decisões no campo de jogo.

PS: Em função do exposto acima, registro neste crepúsculo de 2016 e a poucas horas do limiar de 2017, meus respeitos e consideração pelo excelente trabalho desenvolvido em pról da arbitragem brasileira nos últimos anos, pelas personagens de Alício Pena Júnior, Antonio Pereira da Silva, Ana Paula Oliveira, Claudio Freitas, Dionisio Roberto Domingos, Drª Marta Magalhães, Edson Resende de Oliveira, Luiz Cunha Martins, Marcos Marinho, Marcio Verri Brandão, Manoel Serapião Filho, Milton Otaviano, Nilson Monção, Paulo Roberto Camelo, Wilson Luiz Seneme e o prócer Sérgio Corrêa da Silva. Eles sugeriram, opinaram e discutiram com conhecimento de causa, inúmeras ações que colocadas em prática, proporcionaram a melhora significativa na qualidade da confraria do apito do futebol PENTACAMPEÃO.    
PS: Aos nossos leitores que nos acompanharam ao longo deste ano os nossos votos de um NATAL repleto de PAZ, AMOR e muita LUZ com a proteção de DEUS. E, por extensão, um felicíssimo 2017 a todos sob a regência do CRIADOR DO UNIVERSO.

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