O comando da arbitragem da CBF vinha sendo
questionado pelos cartolas do futebol brasileiro há muitos anos, por diferentes
motivos. Dentre os quais, o continuísmo e a metodologia de treinamento que era
repassada à arbitragem.
Desde a saída de Ivens Mendes, aquele setor sofreu
pequenas mudanças. Tem gente que está lá desde os tempos de Mendes. Ou seja, as
transformações foram tênues diante das exigências que eram necessárias, no que concerne as pessoas.
Em setembro de 2016, após um processo desgastante, Sérgio
Corrêa deixou a direção da CA/CBF. Ato contínuo, Marcos Marinho foi designado
para gerir a área do apito.
Marinho é uma pessoa bem-intencionada, teórico e
estudioso das Regras de Futebol - porém, ele não possui a formação de árbitro e
nunca vivenciou na prática sequer, uma partida de futebol de pelada de menino
de conjunto habitacional. Arbitro é 30% de teoria - o restante é praticidade no
campo de jogo.
Com a saída de Corrêa era imperativo uma
oxigenação, que passava pela constituição de uma nova comissão com novas
ideias, novos projetos de formação, cursos de capacitação continuada e uma
reformulação irrestrita no quadro da Seleção Nacional de Árbitros de Futebol
(Senaf).
Reformulação que deveria ter como base inalienável,
a meritocracia. E, por consequência, na formatação de uma nova Escola Nacional
de Arbitragem de Futebol – Enaf.
Infelizmente não foi o que aconteceu. Marinho foi a
única novidade, pois o continuísmo e o cardápio por ele repassado aos homens da
(Senaf), teve conteúdo de 100% do seu antecessor.
O resultado é que, desde setembro de 2016, apesar
de manter uma estrutura gigantesca e cara economicamente, composta pela
Comissão de Árbitros, Escola Nacional de Arbitragem – Enaf, Departamento de
Arbitragem, Radar, analistas de campo e alguns cursos à confraria do apito, os
resultados negativos perpetrados pela arbitragem no campo de jogo, atingiram
uma escalada que não para de crescer.
Dai que afastar os árbitros Wagner Reway (foto/MT)
e seus congêneres, que, atuaram no jogo Vitória/BA x Flamengo/RJ e André de
Freitas Castro no Vasco/RJ x Atlético/MG, e submetê-los a requalificação é uma
medida paliativa da CBF.
Mas, se a CBF deseja uma vicissitude de excelência
no modus operandi do árbitro do futebol brasileiro, deve realizar uma profilaxia
em todos os setores da arbitragem, inclusive na sua Comissão de Árbitros.
Pois do contrário, tudo vai continuar como está.
ad argumentandum tantum - Você entraria num avião se o piloto não
tem a especificação técnica exigida para comandar a aeronave? Ou sentaria
numa cadeira de um consultório odontológico para extrair um dente, se a pessoa
não fosse detentora da formação técnico profissional para tal função? Ou ainda,
aceitaria ser submetido a procedimento cirúrgico neurológico, por um clínico
geral se este não tem a especialização exigida para a aludida cirurgia? É
por isso que somos contrários a presença de Marcos Marinho a frente de uma
função tão sibilina, como é a direção da CA/CBF.
ad argumentandum tantum (2) - Em que pese o descrédito dos homens que manejam os apitos e as bandeiras, Rodolpho Toski Marques e Rodrigo D'Alonso tiveram atuações dignas de reconhecimento na primeira rodada da Série (A) do Brasileirão.
ad argumentandum tantum (2) - Em que pese o descrédito dos homens que manejam os apitos e as bandeiras, Rodolpho Toski Marques e Rodrigo D'Alonso tiveram atuações dignas de reconhecimento na primeira rodada da Série (A) do Brasileirão.
ad argumentandum tantum (3) – Não basta ser
ex-árbitro para comandar a CA/CBF. Tem que ter liderança e ser um excelente
gestor. Quem se habilita?
Não sei não, mas o colunista tem um apego muito emocional pelo Rodolpho Tolski, o cara só faz caquinha e sempre é elogiado, é no mínimo estranho. O pau cantou no início do jogo CRuXGre e o colunista não viu. Se fosse o Dewson (vejo como é tratado aqui) seria chamado de "soprador de apito".
ResponderExcluirAcredito que o signatário que postou o comentário em tela viu outro jogo. Vi do início ao fim Cruzeiro/MG x Grêmio/RS. Não observei em nenhum momento a OMISSÃO doo árbitro Toski Marques. Foi perfeito ao lado de Rodrigo D' Alonso que dirigiu Santos x Ceará. Ambos demonstraram nas suas atuações, equilíbrio e capacidade cognitiva para ler e entender o que aconteceu nos jogos que comandaram e o momento adequado para interromper a partida, ou seja, tiveram o feeling e o timing para punir aqueles que infringiram as regras.
ResponderExcluirValdir Bicudo.
Caro colunista, gosto do seu trabalho, leio constantemente suas postagens, mas ignorar a entrada violenta no André no início do jogo, rodinhas ao seu redor... Nunca vi uma critica aqui ao Tolski, mesmo com algumas arbitragens horríveis... Qto ao Dewson tb concordo q caiu vertiginosamente de qualidade depois do escudo. Qto a ter gente de olho no escudo isso não é novidade, num quadro na maioria político, senão difícil explicar não ter o Braulio, e ter lá um Wilton Sampaio q deu uma Copa do Brasil ao palmeiras... mas enfim... meu nome é Ronny, não sei pq saiu anônimo antes... Desculpe pela palavra vulgar q usei no primeiro post,não foi minha intenção ofender... mas opinião minha (respeito a sua) achar o Tolski o último achado da NASA... me faz rir.
ExcluirQuando ao árbitro Dewson de Freitas, sentiu o peso do escudo da FIFA e teve queda de produção significativa. Não sei se a Federação Paraense de Futebol tem gente com qualificação para equacionar o problema e ajudá-lo a reencontrar o seu norte. É um árbitro com potencial para ser lapidado. E aproveito o ensejo para dar uma sugestão ao indigitado árbitro: RENUNCIE ao cargo de dirigente sindical que ocupa atualmente, e vá cuidar da sua carreira de árbitro FIFA. Ou então vai continuar sendo contestado como foi e é até mesmo pelos clubes do Pará. E, por derradeiro, fique esperto porque tem muita gente de olho no seu escudo.
ResponderExcluirValdir Bicudo
Ontem o Bráulio Machado também desfilou em campo na partida entre São Paulo e Paraná foi muito bem.
ResponderExcluirA coluna acima, foi postada ontem a tarde, antes do prelio São Paulo/SP x Paraná Clube/PR. Vi o jogo e concordo que Braulio da Silva Machado, teve atuação em acordo com o preceituado nas Regras de Futebol. Alias, ele deveria estar no quadro da FIFA neste 2018 - pelo excelente desempenho que teve no Brasileiro do ano passado. Quem acompanha nossas colunas, já leu que defendi este ponto de vista várias. Acontece que com a morte do Delfim de Pádua Peixoto, o futebol catarinense ficou órfão de uma liderança expressiva na CBF. E, pelo andar da carruagem, vai continuar órfã.
ResponderExcluirValdir Bicudo