quarta-feira, 11 de abril de 2018

RESPOSTA

    A esquerda, Wagner Reway, quando participou de seminário na UEFA em 2015 – Crédito: UEFA

Alguns maganos que estão há anos dirigindo a arbitragem brasileira, e contribuíram para que este setor atingisse o estado de pauperidade qualitativa que atingiu, não gostaram da expressão que utilizamos na coluna da terça (10/4).

Naquela ocasião, afirmamos que: “Embora estejamos no século 21, as federações de futebol e suas comissões de arbitragem e as escolas de formação de árbitros, e um contingente expressivo de apitos e bandeiras, ainda pensam e agem como se estivessem no século 19”. Ou melhor: Como subdesenvolvidos.

Vamos a alguns exemplos que comprovam nossa assertiva. Nos seminários que realiza ao quadro de árbitros na sua totalidade, a UEFA e os cinquenta e dois filiados da entidade, há mais de uma década utilizam a ciência e a tecnologia - sobretudo, na capacitação de árbitros e assistentes

Além disso, a carga horária da preparação física do árbitro da UEFA, é  considerada descomunal. E a prática no campo de jogo, ocupa mais de 70% do tempo dos seminários.

Maiores informações a respeito do noticiado acima, basta consultar o Centro de Excelência da Arbitragem da UEFA (CORE), em Nyon (Suíça) - ou então perguntar ao árbitro Wagner Reway (FIFA/MT), que participou de um seminário no (CORE) em 2015.
   Crédito: UEFA

Os analistas de arbitragem de campo da UEFA, são ex-árbitros selecionados minuciosamente, e têm que ter notório conhecimento das Regras de Futebol.  Além disso, sindicalista e quem nunca apitou uma partida de futebol não exerce a função de analista e/ou de vídeo.

A maioria dos dirigentes da arbitragem europeia, a exemplo dos apitos e bandeiras, já receberam treinamento e participaram na prática do manuseio do árbitro de Vídeo (AV). Esclareço que nem todos os filiados da UEFA, estão usando o (AV) nas suas competições.

A Bundesliga (Alemanha), disponibilizou um centro de treinamento para dirigentes de arbitragem e árbitros se exercitarem com o (AV), durante toda a semana. Os árbitros de Portugal treinam fisicamente e manejam o Árbitro de Vídeo, três vezes por semana. Na MLS (EUA) e na KNVB (Holanda), o fato se repete.

O que propiciou que as ligas europeias e a MLS,  fossem responsáveis por 79% de todos os testes do (Árbitro de Vídeo, desde que o (The IFAB) autorizou o aludido experimento, em 2016.

Tanto é verdade que, no derradeiro seminário que a FIFA irá realizar aos árbitros selecionados para a Copa da Rússia, neste mês de abril, na cidade de Coverciano na (Itália), no que tange ao (AV), os principais lances a serem exibidos serão do futebol europeu e da MLS (EUA).

Não lembro de ter ouvido, lido ou visto que a CBF e suas filiadas, as (27) federações de futebol em algum momento nos últimos dois anos, realizaram algum procedimento similar para a arbitragem brasileira, conforme exposto neste articulado. 

PS: A CA/CBF e o departamento de arbitragem da entidade, quando se fala do ÁRBITRO DE VÍDEO (AV), tem por hábito, "rotar grosso". Só que na pesquisa que fizemos com um contingente de apitos e bandeiras, que compõe a Seleção Nacional de Árbitros de Futebol (Senaf), constatamos que, após dois anos da autorização pelo (The IFAB) do aludido experimento, pouco mais de 20%% dos mais dos quinhentos componentes da (SENAF), receberam treinamento na prática, uma única vez sobre a dinâmica de funcionamento do (AV). Os demais, segundo informações, não receberam treinamento. 

ad argumentandum tantum - Está ou não está atrasada a arbitragem brasileira no que concerne o (AV)? Se houver alguma dúvida, o espaço para comentários e/ou contestações no Blog está aberto.

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