sexta-feira, 13 de abril de 2018

Simon: apitar o Brasileirão não é para os fracos

       Simon e o maior atleta de futebol de todos os tempos, PELÉ -    Crédito: MHDB

Competição mais importante do cenário nacional começa neste fim de semana, e os homens do apito terão muito trabalho após algumas polêmicas que ocorreram nos Campeonatos Estaduais.

No seu articulado, o maior árbitro do futebol brasileiro de todos os tempos, Carlos Eugênio Simon, traça um perfil dos acontecimentos negativos protagonizados pelos homens de preto nos Estaduais. E também ressalta a importância da arbitragem de excelência no Campeonato Brasileiro desta temporada.

E, por derradeiro, suas críticas corroboram nossos comentários, sobre o desempenho pífio dos apitos e bandeiras nos aludidos Estaduais. Lei a seguir, a opinião do único árbitro do futebol brasileiro a participar de três Mundiais consecutivos.

Inicia no próximo final de semana, dias 14 e 15 de abril, a competição de elite do nosso futebol: o Campeonato Brasileiro da Série A. A partir daí, estarão atuando em campo o que de o país possui de melhor em termos de atletas, árbitros, técnicos e demais profissionais envolvidos.

Quando falamos de arbitragem, se tomarmos como parâmetro os campeonatos estaduais, os árbitros e assistentes não terão vida fácil pela frente. Nestas competições voltaram a se repetir com indesejável frequência tentativas de pressão e condicionamento, com jogadores exaltados, cercando, discutindo e colocando o dedo na cara de árbitros e assistentes.

Também assistimos uma irritante catimba e a igualmente desonesta simulação de faltas, tentativas de ludibriar a arbitragem, que alguns saúdam como positivamente como símbolos da 'esperteza' do jogador brasileiro. Trapaça que pode ser traduzida na eticamente condenável "lei de Gerson: tem que levar vantagem em tudo, certo?

Exemplo ilustrativo de desequilíbrio foi a final do Campeonato Paulista, no último domingo (8 de abril), quando da anulação de um pênalti contra o Corinthians e a favor do Palmeiras gerou tumulto, que fez com que o jogo ficasse paralisado por oito minutos com os jogadores dos dois clubes cercando o árbitro Marcelo Aparecido de Souza e reclamando em tom inflamado.

Para efeito de comparação, observe-se o comportamento dos jogadores da Juventus, na última quarta-feira (11), nas quartas de final da Liga dos Campeões, quando na marcação de um pênalti para o Real Madrid, isso no último minuto de jogo.

A indignação dos atletas da Velha Senhora (em italiano Vecchia Signora, como também é conhecida a Juve) em nada se compara com o cerco à arbitragem promovido pelos jogadores na final do Campeonato Paulista.

O goleiro Buffon foi o mais irritado e recebeu cartão vermelho de imediato, por reclamação. Apitar jogos do Campeonato Brasileiro não é tarefa para os fracos. Além de profissionalismo, é necessário ter, como escreveu o maravilhoso compositor/cantor gaúcho, Lupicínio Rodrigues: "é preciso ter nervos de aço".

Boa sorte às mulheres e homens do apito e das bandeiras nesta jornada que se inicia no próximo semana e só acaba no último mês de 2018.


Fonte: Fox Sports  






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