Simon e o maior atleta de futebol de todos os tempos, PELÉ - Crédito: MHDB
Competição mais importante do cenário nacional
começa neste fim de semana, e os homens do apito terão muito trabalho após
algumas polêmicas que ocorreram nos Campeonatos Estaduais.
No seu articulado, o maior árbitro do futebol
brasileiro de todos os tempos, Carlos Eugênio Simon, traça um perfil dos acontecimentos negativos
protagonizados pelos homens de preto nos Estaduais. E também ressalta a
importância da arbitragem de excelência no Campeonato Brasileiro desta
temporada.
E, por derradeiro, suas críticas corroboram nossos
comentários, sobre o desempenho pífio dos apitos e bandeiras nos aludidos Estaduais. Lei a seguir, a opinião do único árbitro do futebol brasileiro a
participar de três Mundiais consecutivos.
Inicia no próximo
final de semana, dias 14 e 15 de abril, a competição de elite do nosso futebol:
o Campeonato Brasileiro da Série A. A partir daí, estarão atuando em campo o
que de o país possui de melhor em termos de atletas, árbitros, técnicos e
demais profissionais envolvidos.
Quando falamos de
arbitragem, se tomarmos como parâmetro os campeonatos estaduais, os árbitros e
assistentes não terão vida fácil pela frente. Nestas competições voltaram a se
repetir com indesejável frequência tentativas de pressão e condicionamento, com
jogadores exaltados, cercando, discutindo e colocando o dedo na cara de
árbitros e assistentes.
Também assistimos
uma irritante catimba e a igualmente desonesta simulação de faltas, tentativas
de ludibriar a arbitragem, que alguns saúdam como positivamente como símbolos
da 'esperteza' do jogador brasileiro. Trapaça que pode ser traduzida na
eticamente condenável "lei de Gerson: tem que levar vantagem em tudo,
certo?
Exemplo ilustrativo
de desequilíbrio foi a final do Campeonato Paulista, no último domingo (8 de
abril), quando da anulação de um pênalti contra o Corinthians e a favor do
Palmeiras gerou tumulto, que fez com que o jogo ficasse paralisado por oito
minutos com os jogadores dos dois clubes cercando o árbitro Marcelo Aparecido
de Souza e reclamando em tom inflamado.
Para efeito de comparação,
observe-se o comportamento dos jogadores da Juventus, na última quarta-feira
(11), nas quartas de final da Liga dos Campeões, quando na marcação de um
pênalti para o Real Madrid, isso no último minuto de jogo.
A indignação dos
atletas da Velha Senhora (em italiano Vecchia Signora, como também é conhecida
a Juve) em nada se compara com o cerco à arbitragem promovido pelos jogadores
na final do Campeonato Paulista.
O goleiro Buffon
foi o mais irritado e recebeu cartão vermelho de imediato, por reclamação.
Apitar jogos do Campeonato Brasileiro não é tarefa para os fracos. Além de
profissionalismo, é necessário ter, como escreveu o maravilhoso
compositor/cantor gaúcho, Lupicínio Rodrigues: "é preciso ter nervos de aço".
Boa sorte às
mulheres e homens do apito e das bandeiras nesta jornada que se inicia no
próximo semana e só acaba no último mês de 2018.
Fonte: Fox Sports
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