segunda-feira, 23 de abril de 2018

SEM COMBATER AS CAUSAS, ARBITRAGEM NÃO MUDARÁ


A exemplo da primeira rodada do Campeonato Brasileiro da CBF, a segunda também, teve problemas com erros de arbitragem. Na rodada inicial os apitos contribuíram decisivamente para mudar os resultados de duas partidas. Nos jogos do final de semana que passou, a contribuição para mudar o resultado de Palmeiras/SP x Inter/RS, veio através do assistente Silbert Sisquim (CBF/RJ). Sisquim, levantou a bandeira acusando posição irregular do atacante Leandro Damião, que não aconteceu e impediu o gol de empate do Colorado dos Pampas. 
Pouco mais de 24 hrs se passaram e falar o que diz a Regra 11 – Impedimento, e qual deveria ser o comportamento do bandeira em tela a respeito do lance é uma insensatez. Todos já mostraram e falaram.
O “X” da questão é saber o porquê neste 2018, a CA/CBF e a Escola Nacional de Arbitragem de Futebol – Enaf, não ministraram treinamento prático no campo de jogo aos assistentes a respeito da REGRA 11 – IMPEDIMENTO. 

Três estados onde consultei a arbitragem da Seleção Nacional de Árbitros de Futebol (Senaf), fui informado que, a CA/CBF e a Enaf, quando estiveram por lá, realizaram aula de vídeo, teste teórico e teste físico. Mas, não teve teste prático nem aos bandeirinhas e aos apitos.
Aqui começam as causas dos erros, que vêm sendo perpetrados pelos homens que manejam os apitos e as bandeiras na principal competição da CBF. Estamos falando dos assistentes. Se não teve praticidade aos assistentes da CBF, naquela que é considerada a mais sibilina regra do futebol, é óbvio que, os árbitros também estão na mesma toada.
    Crédito: FIFA
Excesso de teoria nos cursos, analista de campo não se sabe o que é feito dos relatórios dos mesmos, Radar, falta de intercâmbio com instrutores internacionais de outras culturas, sobretudo a europeia, ausência de prática no campo de jogo à arbitragem da (Senaf),(treinamento com categorias de base), criando e/ou provocando as inúmeras situações, que podem acontecer no transcurso de um prélio, a falta de ousadia, a politicagem, o continuísmo e a presença de pessoas sem a devida capacitação na CA/CBF, a ausência de liderança na categoria dos homens de preto, e daqueles que estão comandando a arbitragem brasileira há algumas décadas, estão conduzindo a confraria do apito brasileiro a uma curva declinante ano após ano.
O caminho para mudar o quadro de pobreza técnica e descrédito que aumenta ano após ano, em relação ao quadro nacional de arbitragem da CBF, passa de maneira imperativa pela renovação da comissão de arbitragem, da Escola Nacional de Arbitragem de Futebol, que deve ser composta por pessoas com um novo modelo de gestão, com criatividade, projetos de curto, médio e longo prazo, sem vícios e de uma nova Seleção Nacional de Árbitros. Porque não se fazem mudanças com o continuísmo, politicagem e critérios que nem sempre atendem a meritocracia.

PS: Enquanto a CBF contestava o protocolo do (The IFAB), e anunciava que estava buscando parceiros no mercado que nunca apareceram para a implementação do Árbitro de Vídeo (AV) no futebol brasileiro, as principais potências do futebol mundial realizaram oitocentos testes com o (AV). Nesta segunda (23), sob a regência do árbitro da final da Copa do Mundo de 2014, Nicola Rizzoli (foto), a Federação Italiana de Futebol, reuniu árbitros, imprensa, atletas, dirigentes e exibiu relatório dos testes realizados e reafirmou, a importância da indigitada tecnologia no auxílio a arbitragem para dirimir lances polêmicos. 

ad argumentandum tantum - Após ler a entrevista do ex-árbitro e comentarista da Rede Globo, Arnaldo Cezar Coelho, no APITO NACIONAL, não tenho mais dúvidas de que a arbitragem que atua no Brasileirão da CBF, alcançou o fundo do poço. Resta saber quem vai tirá-la de lá.



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