"Antes tarde do que nunca", diz um antigo adágio popular. Apesar da recusa dos clubes da Série (A), que, disputam o Campeonato Brasileiro, contrários a implantação do Árbitro de Vídeo (AV), ter acontecido em abril do ano em curso, somente agora em agosto, a Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf) se manifesta de maneira efetiva sobre o imbróglio.
Foto: João Moretzsohn / CBF
Em entrevista ao site - https://esportes.r7.com/futebol/arbitragem-culpa-clubes-por-ausencia-do-var-no-brasileirao-05082018 - o atual presidente da Anaf, Marco Antonio Martins, faz duras críticas a cartolagem brasileira, no que concerne a ausência da aludida tecnologia no auxílio à confraria do apito, no principal torneio da CBF.
Não deixa de ter validade os reclamos da Anaf. Porém, deveria ter ocorrido, assim que o tal "Conselho Técnico Arbitral" da primeira divisão do futebol brasileiro vetou o VAR - veto que veio sob o argumento de que o custo econômico seria alto para a realidade do nosso futebol.
Aliás, mesmo que o "dito conselho" aprovasse a implementação do Árbitro de Vídeo no Brasileirão deste ano, teríamos sérios problemas. A maioria dos estádios não estavam capacitados para receber a parafernália técnica, que o (AV) requer para sua instalação.
Acoplado a deficiência dos estádios, a arbitragem do quadro nacional da CBF também não possuía as condições de manejar o (AV) - já que é público e notório, que um pequeno contingente do quadro de árbitros da CBF, foi treinado para manusear a indigitada ferramenta no ano passado.
Um segundo grupo de apitos e bandeiras com maior número de participantes, foi submetido ao curso do Árbitro de Vídeo, durante a Copa do Mundo da Rússia, quando o Brasileirão estava paralisado.
Segundo informações, da atual Seleção Nacional de Árbitros de Futebol (Senaf), menos de cem árbitros estão aptos a manejar a ferramenta do VAR no futebol brasileiro. Atualmente, a Senaf tem aproximadamente seiscentos integrantes entre apitos e bandeiras.
Se os cartolas da CBF e dos clubes mudarem de ideia de que, investimento na arbitragem não é despesa, quem sabe em 2019, teremos decisões da arbitragem mais próximas da realidade das Regras de Futebol.
PS: Apesar de o The IFAB ter autorizado os testes e a implementação do Árbitro de Vídeo, desde 5 de março de 2016, somente agora em 2018, a CBF dá os primeiros passos para sua implantação. O que deixa caracterizado, que o VAR nunca esteve nos planos da CBF no que tange o Brasileiro de 2018.
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