sexta-feira, 19 de outubro de 2018

ARBITRAGEM: A VERDADE INEXORÁVEL


Os acontecimentos envolvendo a dinâmica de funcionamento e interpretação do Árbitro Assistente de Vídeo - Var na sigla em inglês, e algumas decisões equivocadas do árbitro Wagner Nascimento Magalhães, na partida final da Copa do Brasil, na quarta-feira que passou,  provocaram diferentes reações e comentários das pessoas que gravitam no futebol brasileiro.

No que tange a confraria do apito, as justificativas para "amainar" os erros de Wagner Magalhães, foi a "eterna e surrada" desculpa de que o árbitro erra e/ou se equivoca porque não é PROFISSIONAL - como são os demais segmentos do futebol.

O que significa que, o árbitro não tem tempo para estudar as Regras de Futebol, se preparar fisicamente, psicologicamente e dedicar-se exclusivamente ao labor do apito como os atletas que se dedicam em tempo integral aos seus clubes.  E, por conseguinte, os homens de preto recebem pecúnia inadequada pelo trabalho que exercem.

Além do exposto acima, apitos e bandeiras reclamam que não recebem o direito de arena, o direito de imagem e nenhum percentual das três logomarcas, que a CBF explora na sua vestimenta. Logomarcas que rendem milhões de reais anualmente a CBF.    

Não é verdade. O árbitro do futebol brasileiro está inabilitado juridicamente e sem representatividade política para reivindicar a REGULAMENTAÇÃO da sua atividade, o direito de arena, o direito de imagem, a participação de um percentual palatável nas logomarcas alocadas no seu uniforme, melhores taxas e diárias e de condições para apresentar um trabalho a altura do futebol que se pratica no século 21, por culpa exclusiva dos próprios árbitros - e das entidades de classe que os representam. 

A arbitragem ficou inabilitada porque, ao invés de criar uma FEDERAÇÃO como fizeram os atletas e os técnicos de futebol, mantiveram as associações de árbitros que são consideradas entidades de recreação e lazer. Ou seja, não possuem legitimidade jurídica e capilaridade política para pleitear as reivindicações que os homens de preto necessitam.

Ou busca-se a CARTA SINDICAL para novos sindicatos (atualmente são quatro, CE, PR, SP e RIO G. do Sul), visando a criação da Federação dos Árbitros de Futebol, ou então tudo vai continuar como está. A lei é clarividente: São necessários CINCO SINDICATOS PARA SE FUNDAR A FEDERAÇÃO. 
   

Na questão da REGULAMENTAÇÃO da sua atividade junto ao Congresso Nacional, nunca ouvi ou li nos últimos cinco anos, uma única movimentação da categoria ou das associações e dos quatros sindicatos nesse sentido. 

Não há outro caminho - cria-se a FEDERAÇÃO DOS ÁRBITROS DE FUTEBOL, e ruma-se para Brasília - porque é lá que os temas REGULAMENTAÇÃO DA ATIVIDADE DO ÁRBITRO, direito de arena e o direito de imagem, tem que ser discutido e trabalhado juridicamente e politicamente para ser aprovado.   

Já o percentual das propagandas exploradas pela CBF nas camisas dos árbitros, que atuam nas suas competições, e já tem decisão da Justiça em primeira instância favorável para a arbitragem, é imperativo acompanhar passo a passo cada movimentação nos próximos meses.

É esse o legado que a futura diretoria da Associação Nacional de Árbitros de Futebol (Anaf), que tomará posse nos primeiros dias de novembro, irá receber. Sem deixar de nominar que, dos seiscentos membros da Seleção Nacional de Árbitros (Senaf), mais de quinhentos estão inadimplentes com a entidade.

PERGUNTAR NÃO OFENDE: A quem interessa não criar a Federação Brasileira dos Árbitros de Futebol no Brasil?

PERGUNTAR NÃO OFENDE (2): A quem interessa não criar mais sindicatos de árbitros de futebol?

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Clique no link do The IFAB e fique sabendo quais são as entidades esportivas que estão utilizando o VAR neste 2018 - https://twitter.com/theifab

PS: Lembrando que a CBF implementou o VAR neste 2018, apenas nas quartas de final da Copa do Brasil.

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